quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A difícil tarefa de aceitar um “não”

No dia a dia, você recebe diversos “nãos”: é o chefe que nega sua proposta, o filho que não faz o que você pede, o namorado que termina o relacionamento... Comum na vida de toda pessoa, a recusa pode se transformar tanto em estímulo para a conquista de novos objetivos quanto em frustração, tristeza e fracasso. E quem escolhe é você!
Letícia Fonseca, de 24 anos, dedicou-se durante meses à elaboração de um novo projeto, sonhando com uma promoção. Mas, finalizado o trabalho, ficou arrasada: apenas sua colega foi promovida. “Fiquei decepcionada, frustrada. Nada me empolgava”, comenta. Depois de alguns meses de tristeza, passou a reavaliar seu futuro profissional e percebeu que nem gostava tanto assim da área em que trabalhava. Resolveu recomeçar, fez um curso de gastronomia e hoje está feliz e realizada, trabalhando no seu próprio restaurante. Segundo a psicóloga Marisa de Abreu, todo “não” representa um recomeço. “É uma oportunidade, mesmo que dolorosa, para a pessoa rever sua vida e analisar se realmente está satisfeita. Se a resposta for negativa, este é o momento de buscar outro caminho”, explica.
A advogada Renata Siqueira, de 39 anos, foi casada com um engenheiro por 15 anos - até o dia em que ele disse que estava apaixonado por outra mulher, fez as malas e foi embora. “Fiquei revoltada, deprimida e fracassada”, conta. “Mas, aos poucos, voltei a viver e a me senti mais segura e feliz. Percebi que durante meu casamento eu me anulava, vivia só para o meu marido, era dependente. Agora, faço cursos de dança – que eu adoro – e saio com minhas amigas.”
Assim como outras mulheres, Renata encontrou na frustração a força para recomeçar de uma maneira mais forte e sólida. Para enfrentar as decepções, a psicóloga salienta a importância de se treinar a empatia. “Empatia é a capacidade de compreender os sentimentos das outras pessoas e nos ajuda a aceitar o ‘não’. Mas é preciso entender que o significado de ‘aceitar’ é diferente de gostar ou concordar. Aceitar é combinar consigo mesmo que evitará dispensar energia em cima de coisas sobre as quais não tem controle”, observa.

Porém, nem todas as pessoas conseguem dar a volta por cima e fazer da frustração um novo começo. “Quem recebeu muitos ‘nãos’ na infância está mais preparado para essas situações, pois aprendeu, desde pequeno, que é impossível conseguir tudo o que se quer”, comenta Marisa. Contudo, se você foi poupado quando criança, ainda pode aprender a superar as decepções: “Entenda que as respostas negativas são inevitáveis, elas fazem parte da vida”.
E para proteger a autoestima, nada de levar as críticas para o lado pessoal. “Por exemplo: quando seu chefe diz que odiou sua ideia, saiba interpretar o comentário. Isso não significa que ele te odeia ”, ensina a psicóloga. Passada a tristeza, analise objetivamente as suas metas e decida se é hora de insistir ou de mudar suas expectativas. Muitas vezes, a persistência é saudável; porém, em certos casos, a saída é buscar uma nova oportunidade.

Fonte:http://www.portalvital.com/

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