quarta-feira, 3 de agosto de 2011

A química da paixão

Palpitação, suor, brilho nos olhos... Entenda o que provoca esses e outros sinais típicos da atração

Você já se sentiu atraído por alguém sem ao menos conhecer a pessoa direito? Já acreditou que ela seria sua parceira pelo resto da vida? Sentiu as pernas bambas, o coração disparado, um delicioso frio na barriga? Esses e outros sintomas da paixão são provocados por reações físicas e químicas que podem − ou não − resultar em uma linda história de amor.
Essa sensação tão arrebatadora é sinal de que várias substâncias responsáveis pelo impulso sexual estão em perfeita sintonia. Algumas influenciam diretamente no ato sexual, como os hormônios testosterona (masculino) e estrogênio (feminino). Outras, no entanto, levam-nos a ter aquelas reações mais perceptíveis quando nos encontramos com a nossa “cara-metade”. Segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, o sentimento é resultado de um fenômeno psíquico-químico que faz com que o cérebro dispare um arsenal de hormônios e neurotransmissores. “Ocorre o aumento na liberação da adrenalina – que acelera o batimento cardíaco, fazendo o coração disparar –, da noradrenalina – que dá mais energia e aumenta o suor, porém diminui o sono e a fome − e da dopamina – responsável pela dependência que sentimos da pessoa desejada. Há, inclusive, a diminuição na liberação da serotonina, o neurotransmissor que deixa o indivíduo equilibrado. Com sua redução, a pessoa tende a ficar obsessiva e com o pensamento fixo”, explica o médico.
A paixão ainda é provocada pelos feromônios, hormônios conhecidos também no mundo animal e relacionados à atração entre machos e fêmeas da mesma espécie. “Trata-se de um tipo de comunicação química, pois, quando exalados, eles podem provocar alterações na fisiologia e no comportamento de determinadas pessoas, despertando o desejo. Essa reação explica por que nos sentimos atraídos por certas pessoas, e não por outras”, comenta o médico.
Contudo, além dos aspectos químicos, há fatores psicológicos que desencadeiam tal sentimento. “Um sorriso, uma roupa sensual e até mesmo um perfume podem despertar a atração”, comenta o psicólogo Ailton Amélio da Silva, professor da Universidade de São Paulo (USP) e autor do livro Relacionamento amoroso: como encontrar sua metade ideal e cuidar dela. Até mesmo pequenos detalhes, como o olho no olho, bastam para provocar um turbilhão interior. Quem já esteve apaixonado conhece bem essa sensação: “Você pensa na sua ´cara-metade´ o dia inteiro, perde a noção da hora quando estão juntos, idealiza o companheiro e nem sequer consegue notar seus defeitos. Além disso, o coração dispara, as mãos transpiram e as pernas ficam bambas”, enumera o psicólogo.
E engana-se quem pensa que a paixão é pré-requisito para um relacionamento bem-sucedido. “A maioria das paixões amadurece, transforma-se em amor e segue em frente. Mas também há casais que se relacionam muito bem, são companheiros e cúmplices, sem nunca terem passado por essa fase. E há, ainda, situações em que a atração acaba e não resta mais qualquer tipo de sentimento. Aí, cada um segue seu caminho”, conclui Ailton. 

Fonte:http://www.portalvital.com/sua-vida/relacionamento/a-quimica-da-paixao

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